Financiamento imobiliário: alta expressiva de recursos para novos lançamentos
13 de Novembro 2020 as 09h40 | Por: Prof. Jamil Rahme.
Um dos grandes desafios surgidos para incorporadores durante o atual contexto de pandemia diz respeito à viabilização de recursos financeiros para a materialização de novos empreendimentos no país.
Para quem atua na área, os dados apresentados recentemente pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) representam ótima notícia: ao longo de 2020, o volume de crédito destinado a financiar a aquisição e construção de imóveis cresceu 44% na comparação com o mesmo período em 2019.
Segundo o Professor Jamil Rahme, no cenário atual, a melhor forma de acessar o montante de crédito disponível para novos empreendimentos depende fundamentalmente da excelência na apresentação de projetos financeiramente seguros em retornos para o mercado. Para o CIE – CURSO INCORPORAÇÃO DE EDIFÍCIOS, equilíbrio financeiro naquilo que empreendedores apresentam ao mercado é um dos principais alicerces para quem almeja sucesso na área: o incorporador que se preocupa com a viabilidade de seus lançamentos é também aquele que melhor sabe atrair investimentos para seus negócios!
Confira a nossa conversa com o Professor acerca de como melhor adquirir linhas de financiamento para empreendimentos nos dias atuais:
Pergunta: De que forma o financiamento imobiliário influencia no desempenho do mercado da incorporação na atualidade?
Professor Jamil Rahme: O fomento de crédito para a incorporação é fator imprescindível para o desenvolvimento imobiliário: trata-se da principal fonte de captação de recursos para a materialização de novos lançamentos por empreendedores da área atualmente. Além disso, é indicador que também influencia diretamente no potencial de comercialização imobiliário: normalmente, o crédito disponível no mercado para adquirentes comprar um imóvel se encontra em proporção similar a aquele acessível para novos empreendimentos. Por seu papel nestas duas pontas da incorporação, qualquer perspectiva de crescimento sustentado do setor depende fundamentalmente destes recursos.
Pergunta: Como o senhor avalia o montante atual do crédito imobiliário existente no Brasil?
Professor Jamil Rahme: Em simples comparação com outros países, considero ainda muito baixo: só para termos uma ideia, enquanto nos Estados Unidos o montante de crédito imobiliário é de 53% do PIB, no Reino Unido, 66%, e mesmo em Portugal representa 46%, no Brasil estamos em 9,8% do PIB! Ainda que diversos fatores externos à área expliquem este baixo percentual no país, a mudança nesse quadro também depende diretamente do profissionalismo de quem empreende em incorporação: como ressaltamos no CIE – CURSO INCORPORAÇÃO DE EDIFÍCIOS, a excelência na apresentação de novos projetos é garantia indispensável não só para a atração de crédito para incorporadores, como também para expandir as possibilidades de acessá-lo futuramente. Numa análise geral, portanto, este quadro precisa mudar, e pode mudar rapidamente!
Pergunta: Quais setores da incorporação podem melhor se beneficiar da maior disponibilidade de recursos de financiamento no curto prazo?
Professor Jamil Rahme: Considerando as circunstâncias atuais, penso que o setor residencial se beneficiará mais deste aumento na disponibilidade de recursos: o setor tem sido atualmente um porto seguro para investimentos imobiliários! Um elemento que reforça diretamente esta leitura se encontra nas próprias especificidades trazidas ao mercado brasileiro durante a pandemia: o momento tem reforçado uma tendência cada vez maior de procura por unidades residenciais melhor adequadas às necessidades surgidas nesse contexto, como varandas espaçosas, ou que permitam a instalação de ambientes de home offices por parte de adquirentes. Diante deste cenário, quem puder melhor atender a estas nuances de demanda não só deterá melhores garantias de retorno em lançamentos, como também perspectivas particularmente mais favoráveis para a aquisição de crédito!